D. Catarina de Bragança

Nasceu no Paço Ducal de Vila Viçosa, em 25 de Novembro de 1638.

Filha do rei D. João IV, fundador da Dinastia de Bragança e de D. Luísa de Gusmão, foi a única Rainha Portuguesa na Inglaterra.

Com a restauração da independência de Portugal a nova Família Real mudou-se para o Paço da Ribeira, em Lisboa.

D. Catarina de Bragança terá passado a maior parte de sua juventude num convento perto do palácio real, sob o olhar atento de sua mãe.

A princesa, de índole bondosa e delicada, era de pequena estatura, tinha uns olhos negros e tristes, uma boca carnuda e os dentes levemente salientes. As suas mãos e pés eram pequenos e delicados.

Com o contrato de casamento de 18 de Agosto de 1661, tornou-se mulher de Carlos II rei de Inglaterra.

Chegou a Inglaterra em 14 Maio de 1662, levando consigo como dote Bombaim e Tânger e uma elevada quantia em dinheiro.

Não sendo bela como as amantes do marido, era bastante atraente e muito virtuosa.

Carlos II foi um grande protector de D. Catarina de Bragança junto dos seus inimigos na Corte Inglesa.

A rainha amava muito o marido e tinha tido uma "paixão repentina" e que "prenderia a sua alma até à morte".

Levou para Inglaterra o hábito de tomar o chá, o uso da porcelana, o vinho do Porto de da Madeira, o doce de laranja azeda, e também os concertos de música que introduziu na corte.

O nome do bairro Queens, nos Estados Unidos da América, deve-se a D. Catarina de Bragança.

Com a morte do rei Carlos II, em 1685, e a subida ao trono de Guilherme III, em 1688, regressou a Portugal em 1692.

Já em Portugal, mandou construir o Palácio da Bemposta para sua residência, e assumeiu a regência do reino por duas vezes.

Morreu em Lisboa em 31 de Dezembro de 1705.

Está sepultada no Panteão dos Braganças no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.


Imagem: Cortejo de despedida e embarque de D. Catarina de Bragança para Inglaterra em Abril de 1662, s/ autor (a partir de água-forte de Dirk Stoop, 1662), Alemanha, 1662, gravura, Museu Medeiros e Almeida - Inventário FMA 8880.

Image: Farewell procession and departure of Catherine of Braganza to England in April 1662, without author (from etching by Dirk Stoop, 1662), Germany, 1662, engraving, Medeiros e Almeida Museum - FMA Inventory 8880.

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Fundo: Pormenor do Retrato de D. Catarina de Bragança, John Riley (1646-1691), Londres, c. 1670-1674, óleo sobre tela, Museu Medeiros e Almeida - Inventário FMA 206. Fotografia de Pedro Mora.

Background: Detail of the Portrait of Catherine of Braganza, John Riley (1646-1691), London, c. 1670-1674, oil on canvas, Medeiros e Almeida Museum - Inventory FMA 206. Photograph by Pedro Mora.  

Catherine of Braganza

She was born in the Ducal Palace of Vila Viçosa, on November 25, 1638.

Daughter of King D. João IV, founder of the Braganza Dynasty and Louisa of Guzmán, she was the only Portuguese Queen in England.

With the Restoration of Independence from Portugal, the new Royal Family moved to the Palace da Ribeira, in Lisbon.

Catherine of Braganza spent most of her youth in a convent near the royal palace, under the watchful eye of her mother.

The Princess, of a kind and delicate nature, was of small stature, had dark and sad eyes, a full mouth and slightly protruding teeth.

Her hands and feet were small and delicate.

With the marriage contract of 18 August 1661, she became the wife of Charles II, King of England.

She arrived in England on 14 May 1662, taking with Bombay and Tangiers as a dowry and a large sum of money.

Not being beautiful like her husband's mistresses, she was quite attractive and very virtuous.

Charles II was a great protector of Catherine of Braganza against her enemies in the English Court.

The Queen loved her husband very much and had had a "sudden passion" that "would bind her soul to death".

She brought to England the habit of drinking tea, the use of porcelain, Madeira and Port wine, marmalade, and also the music concerts she introduced at court.

The name of the Queens' neighborhood, in the United States of America, is due to Catherine of Braganza.

With the death of king Charles II in 1685 and the accession of William III to the throne in 1688, she returned to Portugal in 1692.

In Portugal she had the Bemposta Palace built for her residence, and twice assumed the regency of the kingdom.

She died in Lisbon on December 31, 1705. She is buried in the Pantheon of the Braganza Ro in the Monastery of São Vicente de Fora, in Lisbon.

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